Guia completo da Sinusite

 A sinusite é uma inflamação dos seios nasais que gera sintomas como dor de cabeça, corrimento nasal e sensação de pressão no rosto, especialmente na testa e nas maçãs do rosto, pois é nestes locais que se localizam os seios nasais, que são cavidades ósseas revestidas por uma mucosa semelhante à do nariz, com glândulas produtoras de muco e coberta por cílios com movimentos vibratórios que conduzem secreções com muco para a parte posterior do nariz, onde será deglutido e eliminado. A doença afeta 1 em cada 8 pessoas em todo o mundo e é a 5ª causa mais frequente do consumo de antibióticos. Os dados são da AAO-HNSF (Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço). É possível reduzir e prevenir as crises, e suas intensidades e ainda evitar que ela se torne crônica. Piora no frio por alterações de temperatura, umidade e por diminuir a circulação de ar, favorecendo a proliferação de vírus, bactérias e fungos.

Os seios da face dão ressonância à voz, aquecem o ar inspirado e diminuem o peso do crânio, facilitando a sua sustentação. Existem 4 localizações de seios, em cada lado da face: frontal, maxilar, etmoidal e esfenoidal

Podemos dividir em vários tipos, dependendo dos seios nasais afetados, da duração dos sintomas e do tipo de causa.

Quando compromete apenas os seios nasais de um do lado do rosto, é conhecida como sinusite unilateral, e quando afeta seios dos dois lados é bilateral.

De acordo com a região dos seios em que se manifesta, pode-se classificar a sinusite em maxilar (maçãs do rosto), etmoidal (entre o globo ocular e o nariz), frontal (testa) e esfenoidal. A sinusite esfenoidal provoca dor na lateral ou no vértice da cabeça ou, às vezes, na altura do dente canino.

Em relação à duração dos sintomas, podem ser divididas em agudas e crônicas.

  • Sinusite aguda > pode ocorrer dor de cabeça na área do seio da face mais comprometido (seio frontal, maxilar, etmoidal e esfenoidal), que pode ser forte, em pontada, pulsátil ou sensação de pressão ou peso na cabeça. Na grande maioria dos casos, aparece obstrução nasal com presença de secreção amarela ou esverdeada, sanguinolenta, que dificulta a respiração. Febre, coriza, tosse podem estar presentes.
  • As causas mais frequentes podem estar relacionadas principalmente às infecções virais, alergias e infecções bacterianas
  • Sinusite crônica > Os sintomas são semelhantes e a dor nos seios da face e a febre podem estar ausentes. A pessoa tem obstrução nasal, catarro amarelo-esverdeado e sanguinolento e dificuldade para eliminar secreção. A tosse costuma ser o sintoma mais comum, com piora noturna e quando deita porque a secreção escorre pela parte posterior das fossas nasais e irrita as vias aéreas desencadeando a tosse. Pode piorar pela manhã e cessar durante o dia. Perda do olfato e paladar e mau hálito podem aparecer.
  • As causas mais frequentes são alérgicas (complicação da rinite), ambientais (instabilidade do clima, poluição, inalantes químicos, tabagismo), alterações anatômicas (desvio do septo), doenças com alteração da imunidade, infecções por bactérias e fungos. Os casos de sinusite alérgica geralmente são os mais difíceis de tratar, porque muitas vezes é difícil identificar o que está causando a alergia.

Geralmente é feito de acordo com a história clinica e palpação dos seios nasais para avaliar se existe sensibilidade nessa região. Secreção escorrendo no fundo da garganta também pode ser útil para o diagnóstico. Alguns exames também podem ser solicitados:

  • Endoscopia nasal:exame realizado pelo otorrino, onde é introduzido um pequeno tubo pelo nariz para observar o interior dos seios nasais, podendo identificar se existem outras causas, como pólipos nasais, que possam estar provocando sinusite. Conheça mais sobre a nasofibroscopia
  • Tomografia computadorizada: avalia a presença de uma inflamação profunda que pode não ser identificada com a endoscopia nasal e também permitem observar a anatomia dos seios nasais;
  • Teste de alergia: os testes de alergia servem para identificar uma causa alérgica. Uma avaliação com alergista é fundamental para o diagnóstico. Veja aqui como fazer os testes alérgicos.
  • Atualmente as radiografias são realizadas em casos específicos, não havendo a necessidade para realizar o diagnóstico
Depende da causa e do tipo da sinusite, mas a lavagem nasal diária é medida essencial para prevenção e tratamento, para diluir a secreção para que seja eliminada mais facilmente;
  • Na vigência de gripes, resfriados processos alérgicos que facilitem o aparecimento da doença, beba bastante líquido
  • Inalações com solução salina, soro fisiológico ou vapor de água quente ajudam a eliminar as secreções;
  • Inclinar a cabeça para trás pode facilitar a saída da secreção dos seios nasais;
  • Evite o ar condicionado, pois além de ressecar as mucosas e dificultar a drenagem de secreção, pode disseminar agentes infecciosos (especialmente fungos) que contaminam os seios da face;
  • Geralmente, a sinusite é provocada pelo vírus Influenza e, por isso, é muito comum durante crises de gripe, mas também pode surgir devido ao desenvolvimento de bactérias nas secreções nasais, que ficam presas no interior dos seios nasais, como acontece após alergias.
  • A fisioterapia respiratória deve fazer parte tanto da prevenção em pacientes com rinites, quanto no tratamento da sinusite, associado aos medicamentos. O paciente deve fazer uma inalação com soro fisiológico, oxigênio e antiinflamatório, para fluidificar as secreções e logo depois faz o procedimento. Conheça aqui sobre a fisioterapia.

A sinusite pode ter cura e o seu tratamento deve ser orientado por um alergista ou otorrinolaringologista, incluindo normalmente o uso de sprays nasais, analgésicos, corticoides orais ou antibióticos e a fisioterapia.

Caso você seja alérgico, deve evitar ao máximo a exposição à poeira, ácaros, pólens e pelos de animais. Conheça mais sobre a rinite alérgica e os cuidados a serem tomados em casa.

 

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