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Conheça um pouco mais sobre rinites

Quais os sintomas de rinite?

Tenho recebido alguns pacientes com queixas muito parecidas e gostaria de contar um caso pra vocês.

Atendi uma paciente com cerca de 30 anos, moradora de São Bernardo do Campo, que estava muito desanimada com os sintomas que a incomodavam há muito tempo. Apresentava coceira no nariz, entupimento, coriza e espirros diariamente. Muitas vezes acompanhavam coceira nos olhos e lacrimejamento. Os sintomas pioram com a mudança do clima, contato com poeira, mofo e pelos de animais.

A respiração com a boca aberta e o ronco eram constantes e atrapalhavam o sono, e com isso todos os dias, acordava cansada, com a sensação de que precisava dormir mais … Dessa maneira, comprometia os resultados no trabalho e na faculdade. 

Ela tem dois filhos que apresentam os mesmos sintomas. Um deles apresentava o que chamamos de espirros em salva, onde o paciente apresenta uma série de espirros seguidos, até 20/30 vezes. Essa criança tinha uma grande dificuldade na escola pois os sintomas eram muito frequentes. Apresentava olheiras e não se alimentava corretamente.

Já tinha feito vários tratamentos, mas poucos apresentavam bons resultados.

Quais as causas da rinite?

Quando alguém tem esses sintomas, chamamos de rinite, e que pode ter várias causas. De uma forma bem simples, podemos dividir a rinite em dois tipos: alérgica e não alérgica. 

Na rinite alérgica, temos o comprometimento do sistema imunológico, produzindo uma série de reações no nosso organismo, que levam a esses sintomas. Na rinite não alérgica, a mais comum é a irritativa, onde alguns agentes podem causar os sintomas sem envolver o sistema imunológico, tais como o ar frio, fumaça e cigarro, entre outros.

Varios fatores podem causar esses sintomas: poeira doméstica, (onde temos os ácaros),  mofo, pelos e saliva dos animais( principalmente gato e cachorro), instabilidade do clima, ar condicionado, cigarro, e até mesmo baratas…

Uma complicação da rinite é a sinusite, que é o acúmulo de secreção nos seios da face, que são espaços ocos, onde deve circular o ar que respiramos. Com sintomas frequentes de rinite, aos poucos esses espaços se enchem de secreção e com isso aparecem os sintomas de dor de cabeça e aquela sensação de peso no rosto. 

Como fazer o diagnóstico ? 

Através da história clínica e de testes alérgicos que podem ser realizados na pele ou no sangue, o diagnóstico pode ser feito. Alguns outros exames também podem ser pedidos para complementar o diagnóstico, como radiografias e endoscopia nasal, procedimento realizado pelos otorrinos.

Os testes alérgicos na pele são os mais 

Importantes e simples de serem realizados. Podemos avaliar vários agentes causadores com resultado rápido.

Vejam como é simples:

Quais tratamentos podem ser feitos?

A rinite é o nome que damos para um conjunto de sintomas, como coceira no nariz, espirros, coriza e entupimento nasal.

A rinite pode ser alérgica ou nao alérgica e o tratamento pode depender dessa diferença entre elas e o alergista é o profissional mais indicado para tratar a rinite alérgica.

Um procedimento importantíssimo é o uso dos sprays de soro fisiológico para fazer a umidificação e higienização da mucosa nasal. O uso dos frascos de soro fisiológico só deve ser feito se forem aqueles pequenos, pois os grandes acabam se contaminando, mesmo se deixar na geladeira.

Podemos usar antialérgicos e sprays nasais de anti-inflamatórios de acordo com cada caso, e sempre após avaliação médica para determinar quais tratamentos são mais adequados para cada paciente. 

A fisioterapia respiratória é um procedimento muito útil para agregar um bom resultado ao tratamento. O paciente faz uma inalação antes da fisioterapia, para fluidificar a secreção e posteriormente a fisioterapeuta realiza os procedimentos de drenagem.

Os cuidados em casa são importantes aliados para um sucesso no tratamento. Evitar animais, poeira, fumantes dentro de casa ajudam muito. Forrar o colchão e travesseiro com capa antiacaro é o principal cuidado, pois é o lugar onde o paciente passa a maior parte do tempo, quando está em casa. 

Quando os exames e testes alérgicos  mostram níveis alterados, podemos iniciar o tratamento com as vacinas de alergia, chamadas de imunoterapia, que consistem em aplicações periódicas por um período prolongado, mas com uma grande eficácia. 

Como funciona o tratamento com as vacinas de alergia? 

O tratamento com as vacinas de alergia chamamos de imunoterapia.

É um tratamento que existe há mais de 1 século, e cada vez mais tem sido usado no tratamento das alergias.

Consiste na aplicação de doses crescentes do extrato do ácaro, que é o grande vilão causador de alergias. 

As doses são muito pequenas e vão aumentando a concentração em cada aplicação, a cada 7 dias  por um período prolongado de cerca de 8 meses. Essa é a chamada fase de indução! Depois disso iniciamos a fase de manutenção, com doses aplicadas a cada 14, 21 e 30 dias, totalizando no mínimo 3 anos de tratamento.

Por ser um procedimento longo, tem que existir uma adesão e disciplina do paciente para que haja um bom resultado no tratamento.

A vacina não contém cortisona, não engorda, não vicia e a aplicação é feita subcutânea com agulha de insulina, que é muito fina. Além disso, pode ser usado um dispositivo no local da aplicação para alívio da dor.

Porém, é fundamental que seja feita uma avaliação médica de cada caso, para saber se tem indicação para iniciar o tratamento com as vacinas.

Acesse esse link abaixo para conhecer as orientações cientificas sobre a imunoterapia .Temos notas da organização mundial da saúde, academias americana e europeia de alergia, consenso mundial de alergia, conselho federal de medicina e sociedade brasileira de alergia. Todos eles atestam sobre eficácia e segurança no tratamento com as vacinas.

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