A cirurgia bariátrica tem sido cada vez mais frequente nos últimos anos, é quase sempre o último recurso para o tratamento da obesidade (uma pessoa é considerada obesa quando seu IMC (Índice de Massa Corpórea) é superior a 30).
O procedimento consiste em uma drástica redução da capacidade de absorção de alimentos (sólidos e líquidos) por parte do estômago do paciente. Muitas vezes os pacientes perdem 20, 30, 40 kg e até mais no primeiro ano de cirurgia.
Para se submeter ao procedimento, a pessoa precisa ter índice de massa corporal (IMC) acima de 40 ou de 35 a 40, com doenças causadas pela obesidade, como por exemplo, o diabetes mellitus Tipo 2 (DM2). Precisa comprovar que já tentou, por pelo menos dois anos, emagrecer com outros tipos de tratamento.
Pacientes com índice de massa corporal (IMC) entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2, e ausência de resposta ao tratamento clínico podem ter indicação para o procedimento. Pacientes com IMC acima de 40, considerada obesidade mórbida, também são elegíveis ao procedimento.
A decisão é sempre tomada pelo paciente, juntamente com o médico após consultas e exames. A avaliação psicológica é, geralmente, solicitada pelo cirurgião responsável pelo procedimento.
Além do cirurgião, o processo é acompanhado por uma equipe multidisciplinar no pré e no pós-operatório. Gastroenterologistas, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e dependendo da necessidade do paciente, outros profissionais podem estar envolvidos em todo período que antecede e sucede à cirurgia.
O resultado é eficaz, mas deve ser olhado com cuidado, pois mexe com toda a vida do paciente. A quantidade de comida não será mais a mesma e a forma de comer será diferente. Começará com líquidos, depois pastoso e depois alimentos sólidos também será mais sensível a bebidas. O gastroenterologista e a nutricionista orientarão de maneira adequada nestes períodos. Sua imagem corporal sofrerá mudanças e inicialmente poderá não ser tão agradável.
É objetivo da avaliação psicológica investigar a presença de psicopatologias graves como esquizofrenia, depressão severa, transtornos alimentares, entre outros e verificar a capacidade de adaptação da pessoa ao processo que irá mudar a sua vida. Não é incomum que, após a cirurgia, pacientes desenvolvam depressão, alcoolismo, compulsões, transtorno dismórfico corporal entre outros.
É o profissional de psicologia que tratará com o paciente as questões emocionais e psicológicas envolvidas no processo pré e pós-cirúrgico. Tratará da compreensão quanto ao procedimento cirúrgico; verificará o nível de estresse, o comportamento alimentar, o ambiente de apoio à decisão do paciente, os motivos e as expectativas que levaram à decisão pela cirurgia. Todos estes aspectos são muito relevantes para o sucessor do procedimento.
Referências
https://grupoposture.com.br/blog/cresce-numero-de-procedimentos-bariatricos-no-brasil/
http://www.scielo.br/pdf/abcd/v27s1/pt_0102-6720-abcd-27-s1-00059.pdf