HPV
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sobre a doença
Imagine um vírus tão comum, mas tão comum que quase todos os homens e mulheres serão infectados por um ou mais de seus inúmeros tipos. Assim é o papilomavírus humano (HPV), que causa verrugas genitais (ou condilomas) e também câncer.
O HPV é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
Existem mais de 100 tipos de HPV que são causas frequente entre homens e mulheres. Cerca de 80% das pessoas sexualmente ativas serão infectadas por um ou tipos de HPV em algum momento da vida.
Quais são os sintomas?
Na maioria das vezes, os sintomas podem nunca aparecer ou só surgir meses ou anos após a infecção, e isso torna difícil saber quando ela aconteceu. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).
No entanto, um percentual pequeno de pessoas vai adoecer. Como a infecção é muito frequente, esse pequeno percentual representa muita gente. As consequências podem ser o surgimento das verrugas genitais ou o câncer, dependendo do tipo de HPV envolvido. Os mais associados às verrugas genitais são os tipos 6 e 11 (presentes em 90% dos casos). Já os que mais causam câncer de colo do útero são o 16 e o 18, responsáveis por cerca de 70% das ocorrências.
Em crianças menores de um ano de idade, os sintomas podem não ser tão evidentes. Por isso, é necessário ter atenção para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente, além de rigidez corporal com ou sem convulsões.
Transmissão da doença
Dúvidas frequentes
Para a transmissão do vírus é preciso haver penetração?
Não, para a transmissão do HPV basta o contato com a pele infectada, ou seja,
não é necessário haver sexo com penetração. O uso de preservativos (camisinha)
continua muito importante, mas no caso do HPV não é totalmente eficaz.
Homens que fizeram circuncisão têm menor risco de serem infectados?
A área sob o prepúcio – pele que recobre a glande (cabeça) do pênis – pode
fornecer um ambiente favorável para a sobrevivência do vírus. Mas isso não quer
dizer que homens circuncidados possam se descuidar da proteção.
A vacinação elimina a necessidade de fazer o exame preventivo?
O exame ginecológico preventivo (Papanicoloau) possibilita o rastreamento de
lesões assintomáticas que podem evoluir malignamente. Ele é recomendado mesmo
para mulheres que se vacinaram, uma vez que as vacinas previnem os principais
tipos de HPV relacionados ao câncer do colo do útero, mas não todos.
Esteja atento/atenta! Se perceber algo diferente, procure o seu médico.
https://ondacontracancer.com.br/
Prevenção
A prevenção das doenças causadas pelos HPVs depende essencialmente da vacinação e da realização periódica de exames preventivos.
Indicada para a prevenção de cânceres do colo do útero, da vulva, da vagina e de ânus; lesões pré-cancerosas ou displásicas; verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV). Nos homens, previne contra câncer de ânus e verrugas genitais (condiloma acuminado).
Indicação
- O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina para:
- Meninas de 9 a 14 anos de idade;
- Meninas de 15 anos que já tenham tomado uma dose;
- Meninos de 11 a 14 anos;
- Indivíduos de 9 a 45 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.
- A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas, mulheres, meninos e homens de 9 a 45 anos de idade, o mais precocemente possível. Homens e mulheres em idades fora da faixa de licenciamento também podem ser beneficiados com a vacinação, de acordo com critério médico.
Esquema de doses
- A vacina é licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos aos 45 anos e para meninos e homens entre 9 e 26 anos. O esquema deve ser iniciado o mais cedo possível.
- São recomendadas duas ou três doses, dependendo da idade de início da vacinação.
- Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas (0 - 6 meses).
- A partir dos 15 anos, são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses).
- Independentemente da idade, pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento devem receber três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses).
Contraindicação
Gestantes e pessoas que apresentaram anafilaxia após receber uma dose da vacina ou a algum de seus componentes.
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