Indicações
É indicada para imunização ativa à partir de 2 meses a 50 anos de idade, contra a doença meningocócica invasiva causada pela Neisseria meningitidis do grupo B, rapidamente aguda e potencialmente fatal. Principal complicação é a meningoccemia, podendo levar à morte em menos de 24 hs, desde o início dos sintomas.
Esquemas de imunização
FAIXA ETÁRIA ESQUEMA DE DOSES INTERVALOS DOSE REFORÇO
2 a 5 Meses de Idade 03 Doses 02 Meses De 12 a 15 Meses
6 a 11 Meses de Idade 02 Doses 02 Meses De 12 a 15 Meses
1 a 50 anos de idade 02 Doses 02 Meses Sem Reforço
Doenças prevenidas ( Fonte: Ministério da Saúde)
Previne meningites e infecções generalizadas (meningococcemia) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos e, no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no inverno e, das virais, no verão.
Sintomas
Os principais sinais e sintomas são: febre, dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele.
Diagnóstico
Em crianças menores de um ano de idade, os sintomas podem não ser tão evidentes. Por isso, é necessário ter atenção para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente, além de rigidez corporal com ou sem convulsões.
Transmissão
Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta.
A transmissão fecal-oral é de grande importância para a meningite viral, principalmente, nas infecções por enterovírus.
Prevenção
Além da ida rápida aos serviços de saúde ao se perceber os sinais e sintomas sugestivos de meningite (febre acompanhada de dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele), a prevenção da doença conta com a quimioprofilaxia dos contatos próximos e a vacinação.
A quimioprofilaxia está indicada SOMENTE para os contatos próximos dos casos suspeitos de Doença Meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae tipo b.
Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.
A vacinação é considerada a forma mais eficaz na prevenção da doença, e as vacinas contra as bactérias são sorogrupo ou sorotipo especificas.
Tratamento
O tratamento é feito de acordo com a causa da meningite diagnosticada pelo médico, variando desde o tratamento para alívio dos sintomas (nas meningites virais e traumáticas) até a antibioticoterapia (nas meningites bacterianas, fúngicas e eosinofílicas).
De um modo geral, a antibioticoterapia é administrada por via venosa por um período de 7 a 14 dias, ou até mais, dependendo da evolução clínica e do agente etiológico.
No caso da meningite bacteriana, o tratamento com antibiótico deve ser instituído tão logo seja possível, preferencialmente logo após a punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.
A precocidade do tratamento e diagnóstico são fatores importantes para o prognóstico satisfatório das meningites. Quanto mais rápido o atendimento médico, maiores as chances de uma boa recuperação do paciente, reduzindo o risco de óbito ou sequelas (paralisia dos membros, perda auditiva, perda da visão, etc).
Efeitos colaterais
Reações mais frequentes: febre, sensibilidade no local da aplicação, mudança nos hábitos alimentares e irritabilidade.
Contraindicações
A administração da vacina meningocócica B, assim como as demais vacinas devem ser adiada, em indivíduos que estejam com doença febril aguda grave. Gestantes e lactantes não devem receber a vacina sem a orientação do médico e a relação do risco- beneficio deve ser avaliada pelo mesmo.
Modo de aplicação
Pode ser aplicada em associação com qualquer outra vacina
A vacina deve ser administrada através da via intramuscular profunda, em crianças menores de 2 anos na porção anterolateral da coxa e acima desta idade no músculo deltoide, na região superior do braço.
Apresentações comerciais
BexseroTM – Laboratorio GlaxoSmithkline com seringas com 0,5 ml. Colocar link da bula
Nota SBIm
Três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade e reforço entre 12-15 meses. Crianças que iniciam a vacinação mais tarde: a) entre 6 e 11 meses: duas doses com intervalo de dois meses e uma dose de reforço no segundo ano de vida respeitando-se um intervalo mínimo de dois meses da última dose; b) entre 12 meses e 10 anos: duas doses com intervalo de dois meses.